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Velozes e perigosos: motoristas abusam e causam tragédias


Nos últimos meses tornaram-se frequentes os acidentes causados por motoristas que trafegavam em alta velocidade. A reportagem selecionou 11 casos recentes de tragédias causadas por motoristas que abusaram do acelerador.

O jovem Vítor Gurman, 24, morreu na madrugada de 23 de julho de 2011 após ser atingido por um Land Rover enquanto caminhava na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo. Perícia do Instituto de Criminalística (IC) concluiu que a nutricionista Gabriela Guerrero, 28, dirigia o carro a 57 km/h, quase o dobro do permitido na via (30 km/h). A família da vítima contratou uma perícia particular que contestou o laudo do IC, alegando que o Land Rover estava entre 72 km/h e 90 km/h

A advogada Carolina Menezes Cintra Santos, 28, morreu no dia 9 de julho deste ano após o seu carro ser atingido pelo Porsche do engenheiro Marcelo Malvio de Lima, 36, no Itaim Bibi, em São Paulo. Segundo o Instituto de Criminalística (IC), Lima dirigia a 116 km/h quando atingiu a vítima

O então deputado estadual no Paraná Fernando Carli Filho (PSB) trafegava pelo bairro Mossunguê, em Curitiba, entre 161 km/h e 173 km/h, segundo a perícia, quando atingiu e matou Gilmar Rafael Souza Yared, 26, e Carlos Murilo de Almeida, 20, em 7 de maio de 2009. O ex-deputado responde por homicídio com dolo eventual e vai a júri popular.

No dia 12 de setembro deste ano, na marginal Pinheiros, em São Paulo, o estudante Patrick Braukirer Fajer, 20, perdeu o controle de seu Mercedes-Benz Classe C e capotou, após bater em uma mureta e atingir um carro da Polícia Militar. A namorada da vítima, que estava no carro, afirmou que Fajer dirigia a 140 km/h, o dobro da velocidade permitida na via

Três pessoas morreram e outras duas ficaram gravemente feridas após um Palio bater violentamente contra um poste na avenida Giovanni Gronchi, região do Morumbi, em São Paulo, na madrugada do dia 24 de dezembro de 2010. Após o acidente, o ponteiro do velocímetro travou em 140 km/h. O motorista era um jovem de 19 anos que não possuía habilitação

Um acidente no dia 18 de fevereiro de 2010 na avenida Bernardino de Campos, no Paraíso, zona sul de São Paulo, envolvendo dois veículos, matou José Henrique Ferreira, 31 e deixou mais quatro feridos. O velocímetro do carro em que a vítima estava travou em aproximadamente 150 km/h

Uma carreta atropelou e matou cinco operários que faziam o recapeamento da pista na rodovia Anhanguera, na altura do km 303, perto de Ribeirão Preto (SP), no último dia 20 de setembro. A carreta registrava 110 km/h no momento do acidente, sendo que a velocidade máxima permitida era de 90 km/h

O tabelião Eduardo Macedo Pinheiro da Fonseca, 27, e a estudante Fernanda Rodrigues de Figueiredo, 23, morreram em um acidente na ponte Rio-Niterói na madrugada do dia 7 de maio de 2011 após o Golf em que eles estavam bater na mureta de proteção da ponte e capotar. A perícia do Instituto Criminalística Carlos Éboli (ICCE) constatou que o carro, dirigido por Fonseca, estava a 190 km/h e ambos estavam sem cinto de segurança

Uma colisão entre dois carros na rodovia MS-141, entre Ivinhema e Naviraí, no Mato Grosso do Sul, terminou com a morte de Gervano Alves de Souza, 37. Alesandro Tomé da Silva, 31, dirigia um Vectra a 140 km/h, segundo ele mesmo, quando atingiu o outro veículo. Silva assumiu à polícia que havia tomado cerveja antes do acidente

Em 14 de agosto de 2011, um Siena saiu da pista na BR-364, entre Feijó e Tarauacá, no Acre, e capotou várias vezes em um barranco causando a morte do motorista. O velocímetro do carro travou a 180 km/h

O advogado Ricardo Issao Marimoto, 35, morreu em 28 de setembro de 2010 após perder o controle da sua moto. Segundo a Polícia Rodoviária Estadual, o advogado conduzia a moto a 240 km/h quando não conseguiu fazer uma curva e capotou várias vezes em um barranco. A vítima foi arremessada a 60 metros de distância

Uol Notícias

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