A VERDADE DEVE SER MOSTRADA

Com decisão apertada, professores federais da Bahia votam contra greve

UFBA, IFBA e UFRB devem ter as aulas mantidas, informa sindicato.

Em referendo realizado na terça (5) e quarta-feira (6) desta semana, os professores das instituições filiadas à Apub (Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia) votaram contra a greve. Após a decisão, que contou com 813 votos, sendo 415 contra e 390 à favor da greve, além dos 4 votos brancos e 4 nulos, a UFBA, o IFBA e a UFRB devem ter as aulas mantidas, de acordo com informações do sindicato.

A greve dos professores das universidades federais começou em 17 de maio em todo o país, e atualmente professores de 51 instituições federais de ensino superior paralisaram as atividades: 47 universidades (cerca de 80% do total) e quatro dos 40 institutos ou centros federais de educação tecnológica estão parcial ou totalmente parados. Segundo a Andes, a greve afeta mais de 1 milhão de alunos.

Apoio estudantil

Na quarta-feira (6), cerca de dois mil estudantes se reuniram em assembleia mobilizada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e votaram por iniciar greve por tempo indeterminado. No entanto, representantes de faculdades como a de Direito e Geofísica se posicionaram contra a paralisação das atividades, alegando que o período prejudica o fim do semestre. A sessão ocorreu no auditório da Faculdade de Arquitetura e, devido à lotação, muita gente ficou do lado de fora.

Emili Junqueira, diretora financeira do DCE, diz que a iniciativa serve de apoio à mobilização nacional dos docentes federais, que reivindicam reajuste salarial, e fortalece o desejo pela maior qualidade da educação. Segundo ela, são 37 pontos na pauta dos estudantes, já de conhecimento da reitoria, mas a formação de um comando de greve nos próximos dias deve ampliá-la. Entre os pontos da pauta, há a disponibilização de transporte para deslocamento entre os campi, restaurantes universitários por R$ 1 e instalação de unidades em todos os campi, ampliação do auxílio aos estudantes cotistas e creche em tempo integral.

Reivindicação
A categoria pleiteia carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, considera a greve injusta e diz que todos os acordos firmados em 2011 com os professores universitários da rede federal foram cumpridos pelo governo.

g1.com/bahia/noticia

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