Para Casa Branca, situação na Síria é uma "afronta à dignidade humana"

Novo massacre na Síria deixou pelo menos 55 mortos, incluindo mulheres e crianças.

A Casa Branca condenou nesta quinta-feira (7) o novo massacre "revoltante" cometido na província de Hama, na Síria, e o bloqueio das investigações da ONU por parte das autoridades de Damasco, considerando que tal atitude é uma "afronta à dignidade humana".

Em comunicado, o porta-voz do presidente americano Barack Obama, Jay Carney, disse que os Estados Unidos "condenam nos termos mais fortes os ataques mortais revoltantes contra civis, incluindo mulheres e crianças, em Al-Qubeir na província de Hama".

— Isso, e a recusa do governo sírio em deixar os observadores da ONU entrar na área para verificar essas informações, constituem uma afronta à dignidade humana e à justiça. Não há justificativa possível para a rejeição contínua deste governo em cumprir suas obrigações nos termos do plano (de paz de Kofi) Annan.

Para o governo americano, a recusa do presidente sírio, Bashar al-Assad, "em assumir a responsabilidade por esses atos terríveis não tem valor algum e serve apenas para destacar a natureza ilegítima e imoral de seu poder".

— O futuro da Síria será determinado pelos sírios, e a comunidade internacional deve dar provas de solidariedade para apoiar suas aspirações legítimas.

No dia 25 de maio, o massacre de pelo menos 108 pessoas, incluindo 49 crianças e 34 mulheres, em Houla, na província de Homs (centro), havia provocado condenações internacionais. A rebelião e o governo rejeitaram a responsabilidade, enquanto uma autoridade da ONU disse ter "fortes suspeitas" relacionadas a milícias pró-regime.

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