A VERDADE DEVE SER MOSTRADA

Hepatite C é uma doença silenciosa que pode ser diagnosticada por meio de exame de sangue

Considerada uma epidemia mundial, a hepatite C, uma doença infecciosa que afeta sobretudo o fígado com uma inflamação, é seis vezes mais contagiosa e mata quatro vezes mais do que a aids, enfermidade do sistema imunológico humano causada pelo vírus HIV.

Diante dessa situação, nesta quinta-feira (25), o Ministério da Saúde, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), anunciou a incorporação de dois novos medicamentos ao tratamento da hepatite C, que atinge cerca de 2 milhões de brasileiros, são os inibidores protease boceprevir e telaprevir. “Eles serão extremamente efetivos, aumentando a taxa de cura dos pacientes de 40% para 75%, considerado um ganho muito grande”, diz o médico Henrique Sérgio Moraes, presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH).

Ambos os medicamentos devem ser utilizados em terapia tripla (com a ribavirina e o interferon), para tratar portadores do genótipo 1 da hepatite C, que estejam com grau avançado de cirrose e fibrose hepática.

Alerta à população

Na pesquisa que a Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH) e o Instituto Datafolha, com o apoio do laboratório MSD, realizou sobre o conhecimento da população brasileira a respeito da hepatite C, constatou-se que os brasileiros ainda não despertaram para o fato de que se não diagnosticada e tratada a tempo a doença mata.

Segundo a pesquisa, entre a população maior de 16 anos de idade e residente nas regiões metropolitanas do País, 32% afirmaram já ter realizado exame para detectar a hepatite C, percentual que é o dobro do registrado em 2011. “É preciso descobrir a doença e agir, por isso, as campanhas médicas e de esclarecimentos são muito importantes”, explica Moraes.

Sobre a hepatite C

Muitos não sabem, mas a hepatite C pode ser transmitida pelo sangue, por meio de transfusão e hemoderivados; hemodiálise; procedimentos cirúrgicos e odontológicos em que não se aplicam as normas de biossegurança adequadas; da mãe para o filho durante gravidez e parto (transmissão vertical); ou pelo contato sexual. Esse tipo ainda pode ocorrer em consequência do compartilhamento de material contaminado para uso de drogas, objetos de higiene pessoal, ou colocação de tatuagens e piercings.

Seus sintomas são pouco frequentes, porém, na fase aguda da doença, o paciente pode apresentar desde sintomas inespecíficos – como febre, mal-estar, cefaleia, dores musculares, náuseas e vômitos – até sintomas como icterícia (pele e olhos amarelados), colúria (urina muito escura) e hipo ou acolia fecal (fezes esbranquiçadas).

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