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Chega a 88 número de pacientes em estado grave após incêndio em Santa Maria


Ao menos 88 pessoas ainda estão em estado grave em decorrência do incêndio que atingiu a boate Kiss, em Santa Maria (RS). A informação foi divulgada no final da tarde desta terça-feira (29), pela Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul. A tragédia, ocorrida no último domingo (27), deixou 234 mortos.

Até o final da manhã de terça-feira (29), 59 pacientes já haviam sido transferidos de Santa Maria a região metropolitana de Porto Alegre, em virtude da gravidade dos casos.

No município onde ocorreu o incêndio, 28 pacientes estão hospitalizados em estado grave e outros 34 permanecem em observação ou enfermarias. Há ainda outro paciente internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de um hospital de Ijuí.

Entre os internados em estado grave, segundo a secretaria, 83 permanecem entubados, respirando por ventilação mecânica.
  
Número de vítimas fatais

O incêndio na boate Kiss deixou 234 mortos, e não 231, como vinha sendo divulgado inicialmente. De acordo com a chefe da Regional de Santa Maria do Instituto Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul, Maria Ângela Zucchetto, desde o início houve um erro na lista divulgada pelas autoridades, na qual foram desconsiderados três nomes.

"Nós não tínhamos computador, cabo, nada. Tudo foi feito manualmente. Nós contamos 234 corpos e fizemos a identificação de todos, mas em algum momento do processo esses três nomes não entraram na lista oficial", explicou Maria Ângela.

 Prisões

 O incêndio começou por volta das 2h30 de domingo (27) na boate Kiss, localizada no centro de Santa Maria (RS). A grande maioria das pessoas que estavam na festa, promovida por alunos da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), morreu asfixiada.

A Justiça decretou a prisão preventiva de dois músicos da banda Gurizada Fandangueira --o vocalista Marcelo dos Santos e o produtor Luciano Leão--, bem como dos empresários Mauro Hoffman e Elissandro Spohr, apontados como donos da casa noturna.

As prisões foram motivadas por indícios de que eles estariam prejudicando as investigações com o desaparecimento ou com a manipulação de provas. A informação é da promotora criminal Waleska Flores Agostini, representante do Ministério Público na investigação do caso, que disse que o aparente sumiço de imagens do circuito interno de câmeras da boate caracterizaria obstrução.

Os bens dos donos da boate Kiss também foram bloqueados, a partir da autorização do juiz plantonista do Fórum de Santa Maria (RS), Afif Simões Neto. Ele deferiu o pedido da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul, que também abrange eventuais bens registrados em nome da boate como pessoa jurídica.

 uol

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