As operadoras de telefonia celular não cumpriram as metas de acesso à internet propostas nos planos de melhoria entregues à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) em agosto de 2012, informou a agência nesta quarta-feira (6).
Essa é a primeira de uma série de avaliações trimestrais dos planos de melhoria apresentados pelas operadoras depois que Oi, TIM e Claro tiveram as vendas proibidas por falta de qualidade no serviço prestado.
Vivo, CTBC e Sercomtel não sofreram proibição, mas também tiveram que apresentar ações de melhoria.
Essa é a primeira de uma série de avaliações trimestrais dos planos de melhoria apresentados pelas operadoras depois que Oi, TIM e Claro tiveram as vendas proibidas por falta de qualidade no serviço prestado.
Vivo, CTBC e Sercomtel não sofreram proibição, mas também tiveram que apresentar ações de melhoria.
As operadoras serão analisadas pelo período de dois anos. Segundo a Anatel, a agência está analisando os dados desta primeira avaliação e o descumprimento não pode ser punido porque são dados anteriores a dezembro, quando as empresas passaram a ser obrigadas a seguir as metas. Porém, a agência não descarta que as operadoras poderão ter as vendas suspensas antes do prazo de dois anos.
De acordo com a avaliação de agosto a outubro, a Claro ficou acima da meta de acesso à rede de voz, mas abaixo no acesso à internet. A operadora teve êxito em diminuir a queda das chamadas e a interrupção da conexão. A Vivo teve comportamento semelhante.
A Oi cumpriu o acesso à rede de voz, mas ficou abaixo no acesso à internet. A operadora conseguiu reduzir a queda das chamadas e a interrupção da conexão. A TIM teve o mesmo desempenho.
De agosto para novembro, o investimento financeiro nas melhorias foi ampliado em 14,5%, de R$ 26,6 bilhões para R$ 30,46 bilhões.
A Oi e a Vivo, porém, não aumentaram o dinheiro investido no período (R$ 5,48 bilhões e R$ 7,15 bilhões, respectivamente). Por outro lado, a TIM ampliou em 16,35% (de R$ 8,18 bilhões para R$ 9,52 bilhões) e a Claro acrescentou 43,9% mais grana, saltando de R$ 5,74 bilhões para R$ 8,26 bilhões).
Na avaliação, foram analisados o desempenho da rede da operadora, o atendimento ao usuário, as interrupções do sinal e os investimentos de 2012 a 2014. Os planos apresentados pelas operadoras abrangem todos os Estados e o Distrito Federal.
De 23 de julho ao dia 2 de agosto, a TIM teve a comercialização de novas linhas de celular e dos serviços de internet (3G) suspensa em 19 Estados: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rondônia e Tocantins, além do Rio de Janeiro.
A Oi foi proibida em cinco Estados e a Claro, vetada em três.
Na ocasião, a comercialização dos chips foi autorizada somente depois que as operadoras se comprometeram a investir em melhorias de rede, atendimento ao cliente e outros pontos.
Porém, o maior volume de reclamações quanto ao serviço das três foi atingido em agosto e setembro, justamente quando as vendas já haviam sido liberadas.
Para novembro, dezembro e janeiro, foram sugeridas ações de melhoria no processo de cobrança, nas informações dadas ao usuário sobre promoções e serviços adicionais e mais investimentos na infraestrutura.
Outro lado
Por meio da assessoria de imprensa, a Oi informa que vem realizando investimentos voltados para reforçar a qualidade de seu serviço móvel.
Em nota, a Claro afirma que está "seguindo o cronograma estipulado pela Anatel e vem trabalhando nas ações propostas entregues no plano de ação tais como melhoria no atendimento por estado, inclusão dos indicadores de qualidade mês a mês, além do comprometimento de garantir a qualidade na rede de transmissão e a oferecer a capacidade necessária para atender a demanda durante a Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil".
Também por meio da assessoria, a TIM comunicou que, assim como as demais empresas do setor, a empresa observou oportunidades de melhoria no que se refere à conexão de dados, embora não tenha o pior resultado do mercado. Para tanto, a operadora diz que continuará investindo em infraestrutura.
A Vivo argumenta que o relatório divulgado pela Anatel considera e superestima as tentativas de acesso à internet pela rede 2G, que a operadora considera como experiência não é a mais apropriada para os clientes, já que os investimentos são feitos na expansão da cobertura 3G.
O SindiTelebrasil (Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal) informou, em nome das operadoras, que a avaliação da Anatel mostra que as "prestadoras estão cumprindo plano de melhoria".
Em nota oficial, o sindicato afirmou que "as prestadoras apresentaram desempenho melhor que a meta definida para diversos indicadores nos meses de agosto, setembro e outubro de 2012".
— As prestadoras estão investindo pesado nesse propósito [melhor atender seus clientes e cumprir os planos apresentados à Anatel], tendo ampliado em 14%, segundo o relatório da Anatel, os investimentos entre agosto e novembro.
O SindiTelebrasil alerta para a necessidade de se promover no País uma alteração em diversas leis municipais para retirar os obstáculos para a instalação de antenas, permitindo a expansão dos serviços, com qualidade e cobertura adequada de sinais.
R7.com
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