Duas imagens de um trote de estudantes de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) causam polêmica na internet. Compartilhada no Facebook, uma das fotos mostra um “veterano” segurando uma estudante acorrentada, com a pele pintada e com um cartaz escrito “caloura Chica da Silva”. Em outra foto, estudantes amarram um calouro e fazem saudações nazistas.
Por meio de nota, o reitor Clélio Campolina e a vice-reitora Rocksane de Carvalho repudiaram "quaisquer atos de violência, opressão, constrangimento" em particular durante trotes. Segundo a UFMG, os procedimentos cabíveis "para apuração dos fatos e punição dos envolvidos" já foram iniciados.
Já o Centro Acadêmico Afonso Pena (CAAP) da Faculdade de Direito convocou uma reunião extraordinária para a manhã desta terça-feira (19) entre a diretoria, o Conselho de Representação de
Turma, o Conselho de Representação Discente, a Associação Atlética e Acadêmica, o Centro Acadêmico de Ciências do Estado e o Diretório Central dos Estudantes.
A reunião, segundo o órgão, partiu da "necessidade urgente de posicionamento em relação aos acontecimentos recentes em virtude do trote dos calouros e das calouras".
A reunião, segundo o órgão, partiu da "necessidade urgente de posicionamento em relação aos acontecimentos recentes em virtude do trote dos calouros e das calouras".
Na rede social, estudantes mostraram indignação com a foto. Veja alguns comentários:
"Todo trote ofensivo ou humilhante deve ser proibido. O argumento de que "participa quem quer" é ridículo, pois pressupõe uma falaciosa liberdade total de escolha do calouro. Mesmo dentro da FDUFMG ainda há quem ache graça em oprimir, submeter e achincalhar o colega. Debater o tema é urgente. Propor gincanas lúdicas e trotes solidários é o melhor caminho"
"Todo trote ofensivo ou humilhante deve ser proibido. O argumento de que "participa quem quer" é ridículo, pois pressupõe uma falaciosa liberdade total de escolha do calouro. Mesmo dentro da FDUFMG ainda há quem ache graça em oprimir, submeter e achincalhar o colega. Debater o tema é urgente. Propor gincanas lúdicas e trotes solidários é o melhor caminho"
"A foto traz consigo toda uma lógica racista, um menino branco acorrentando uma suposta negra, já tem em si, todo um conteudo histórico e simbólico de subjugar o outro indivíduo pela sua cor e pela sua condição de mulher".
"Nenhuma intenção de brincadeira justifica ou pacifica o conteúdo claramente racista de algumas práticas de trote, realizadas em toda UFMG e por diferentes cursos. Naturalizar o preconceito é um passo perigoso para a desumanização".
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