O número de homicídios registrados no Estado da Bahia desde que policiais militares decretaram greve, na noite do dia 31 de janeiro, chegou a 136 nesta quarta-feira (8). De acordo com o boletim da Secretaria de Segurança Pública, atualizado às 19h15, sete pessoas foram assassinadas nesta quarta. O dia mais crítico foi sexta-feira (3), quando 32 homicídios foram registrados.
Na comparação com os oito dias que antecederam a decretação da greve, o número cresceu 147%. Entre os dias 24 de janeiro e a noite do dia 31, 55 pessoas foram assassinadas no Estado.
O Exército reforçou na tarde desta quarta-feira o número de tropas ao redor da Assembleia Legislativa, onde policiais militares grevistas estão acampados em protesto por aumento salarial.
De acordo com o tenente-coronel Márcio Gilberto Barbosa da Cunha, o aumento de 1.038 para 1.400 no número de homens do Exército próximo à Assembleia tem como objetivo “aumentar a segurança e tranquilidade no local”. Ele negou que o Exército planeje invadir a Assembleia.
Prejuízos
A greve dos policiais militares da Bahia já afeta a indústria do Carnaval no Estado. Dono de uma casa de shows na cidade, o empresário Jorge Sampaio conta que não abriu as portas desde que a greve foi decretada e já acumula prejuízo em torno de R$ 50 mil.
Segundo o presidente da Associação de Bares e Restaurantes, Luis Henrique Amaral, as perdas de faturamento dos estabelecimentos variam entre 50% e 90%.
A sensação de insegurança tem feito boa parte do comércio, inclusive shopping centers, anteciparem o fim do expediente. Há nove dias, antes que anoiteça, a cidade tem ficado deserta; e à noite o movimento cai a quase zero.
Do R7
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