A VERDADE DEVE SER MOSTRADA

Brasileiros donos de pequenas empresas estão entre os 100 mais criativos do mundo

Os empreendedores brasileiros à frente de pequenos negócios já começam a ser reconhecidos no exterior. Na lista dos cem empresários mais criativos do mundo, divulgada pela revista americana “Fast Company”, representantes de três empresas nacionais foram citados, sendo duas de pequeno porte.

São eles, Lourenço Bustani, 32, sócio-fundador da Mandalah, consultoria de inovação em sustentabilidade, na 48ª posição, e os sócios Flávio Pripas, 35, e Renato Steinberg, 33, criadores do Fashion.me, uma rede social de moda que começou com um investimento de R$ 30, na 54ª colocação.

Completando a lista de brasileiros na "Fast Company", aparece a diretora da unidade de sandálias da Alpargatas (Havaianas), Carla Schmitzberger, que ficou com o 97º lugar.

Ações sustentáveis precisavam sair do papel

Bustani, o brasileiro mais bem colocado no ranking, enxergou oportunidades na dificuldade de outras empresas entrarem no mercado sustentável. Ele percebeu que as companhias discutiam muito sobre ações sustentáveis, mas pouco conseguiam fazer as ideias sair do papel.

Criou, então, a Mandalah para atender a essa necessidade, focando seu trabalho em desenvolver estratégias lucrativas com impacto positivo para a sociedade.

“Uma ideia só é inovadora se melhora a vida das pessoas. Sabíamos, desde o início, a importância de criarmos novos diálogos”, diz. Hoje, a empresa tem seis escritórios em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Tóquio, Nova York, Berlim e Cidade do México e conta com 45 profissionais ao redor do mundo. O faturamento não foi revelado.

Mercado está aberto a empreendedores sensíveis e bem-intencionados

Segundo o empresário, ainda existe espaço neste mercado para empresas novas, desde que sejam bem-intencionadas e sensíveis. Para inovar em sustentabilidade, diz ele, não se pode ter medo diante da inércia do sistema e nem perder o ânimo com as decepções que virão pela frente.

“Espero que a minha conquista seja apenas mais um combustível para que outros talentos sejam revelados e cultivados. No Brasil, talento é o que não falta”, afirma Bustani.

economia.uol.

Nenhum comentário: