O tufão Bopha, o mais potente do ano a atingir as Filipinas, devastou o extremo sul do país com fortes ventos e tempestades nas últimas horas e deixou pelo menos 274 mortos e centenas de desaparecidos.
As vítimas morreram em inundações, deslizamentos de terra ou quedas de árvores na ilha de Mindanao, uma das mais afetadas pelos tufões que atingem a cada ano o arquipélago filipino.
Em New Bataan, uma cidade localizada em uma região montanhosa de difícil acesso, e em Monkayo, morreram 253 pessoas e 241 são consideradas desaparecidas, anunciou o tenente-coronel Lyndon Paniza, comandante militar da região sul.
"O mais preocupante é que ainda temos 258 pessoas não localizadas", completou.As vítimas morreram em inundações, deslizamentos de terra ou quedas de árvores na ilha de Mindanao, uma das mais afetadas pelos tufões que atingem a cada ano o arquipélago filipino.
Em New Bataan, uma cidade localizada em uma região montanhosa de difícil acesso, e em Monkayo, morreram 253 pessoas e 241 são consideradas desaparecidas, anunciou o tenente-coronel Lyndon Paniza, comandante militar da região sul.
Em Davao Oriental e em outras 15 províncias da ilha de Mindanao foram pelo menos 81 vítimas. O registro, ainda provisório, foi confirmado pela Defesa Civil.
Quase 87.000 pessoas estão refugiadas em escolas, ginásios e outros prédios públicos.
As autoridades revisam com frequência o número de vítimas do tufão, à medida que as equipes de emergência conseguem acessar as regiões isoladas no sul do arquipélago.
O Bopha tocou a terra na parte leste da ilha de Mindanao na terça-feira, com rajadas de ventos de até 210 km/h e chuvas torrenciais.
Em New Bataan o exército seguia trabalhando com a ajuda de helicópteros e equipamentos pesados para socorrer as vítimas e retirar as árvores, a terra e as pedras arrastadas pelas tempestades.
"Nestas zonas precisamos urgentemente de sacos para cadáveres, medicamentos, roupas secas e, sobretudo, barracas, porque os sobreviventes estão no exterior desde que o tufão destruiu casas e derrubou tetos", disse à AFP a ministra de Assuntos Sociais, Corazón Soliman.
"Os corpos de New Bataan estão como ficaram, no chão, ao relento, e não queremos arriscar o surgimento de doenças", disse.
Corpos cobertos de lama foram levados em caminhões militares e depois alinhados dentro de barracas para que os sobreviventes pudessem reconhecê-los.
Os sobreviventes cavavam entre os escombros para tentar recuperar alguma coisa em meio à paisagem desoladora.
"Há famílias inteiras que morreram", disse o ministro do Interior, Manuel Mar Roxas, que foi ao local dos fatos acompanhado da ministra Corazón Soliman.
A estrada estreita que permite o acesso a New Baatan ficou bloqueada pela queda de árvores e rochas, afirmou o general Ariel Bernardo, comandante da 10ª divisão de infantaria com base em Mindanao.
"Esperamos poder mobilizar nossos helicópteros para executar missões de reconhecimento, busca e salvamento", explicou.
Muitos moradores de Mindanao, em sua maioria muçulmanos, permaneciam isolados em suas casas nesta quarta-feira, sem energia elétrica.
"Três vilarejos costeiros permanecem isolados", disse Corazón Malanyaon, governadora de Davao Oriental.
"As estradas que seguem para as localidades estão bloqueadas por árvores e escombros. Uma ponte desabou", explicou.
A governadora afirmou que 95% dos edifícios do centro da localidade de Cateel, onde morreram pelo menos 16 pessoas, ficaram sem teto, incluindo hospitais.
A cada ano, quase 20 tempestades ou tufões importantes afetam as Filipinas, em sua maioria durante a temporada de chuvas entre junho e outubro. Bopha é o 16º do ano.
Em agosto, as inundações provocadas por várias tempestades deixaram mais de 100 mortos e obrigaram mais de um milhão de pessoas a abandonar suas casas.
Em 2011, 29 tufões passaram pelas Filipinas e provocaram as mortes de 1.500 pessoas, sendo 1.200 apenas em Mindanao durante a tempestade Washi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário