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Dengue cresce em Tocantins, Pernambuco e Sergipe

Os casos de dengue caíram 62% até 11 de fevereiro deste ano em comparação com mesmo período do ano passado. Entretanto, principalmente nos Estados de Tocantins, Pernambuco e Sergipe os casos aumentaram. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde, nesta segunda-feira (13).

Segundo o secretário de Vigilância e Saúde, Jarbas Barbosa, Palmas, capital do Tocantins, é a cidade com mais de 100 mil habitantes com maior incidência da doença, sendo 744 casos por 100 mil habitantes. "Já podemos falar em epidemia da doença em Palmas, e mais de 300 municípios estão em risco", diz o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Tocantins e Pernambuco já são considerados Estados com surto de dengue.

Os Estados de Santa Catarina e Mato Grosso do Sul também apresentaram crescimento, mas o secretário destaca que os casos de SC são importados (vindos de outros Estados).

A cidade do Rio de Janeiro teve mais casos de dengue em 2012, mas tem 46,1 casos para 100 mil habitantes. “O Estado do Rio tem maior número absoluto de casos, com mais de 4 mil doentes, mas a incidência é 26 casos a cada 100 mil, enquanto no Tocantins a incidência é oito vezes maior”, explicou o secretário.

Os dados indicam que 75% dos casos estão concentrados em 10 Estados: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Tocantins, Pará, Bahia, Goiás, São Paulo, Ceará e Espírito Santo.

No total nacional, os casos graves reduziram mais de 80% e os óbitos caíram 66%, 32 contra 95 em 2011. A média nacional é de 21,2 casos a cada 100 mil habitantes.

“Como ainda estamos em fevereiro, temos que manter o alerta para chegar até o final do verão para manter as quedas”, diz Barbosa. Ele lembrou que a temporada da dengue no Brasil, exceto em alguns Estados no Norte, é de abril e maio, e que 95% dos casos ocorrem no primeiro semestre.

A queda é atribuída a diversos fatores como a maior conscientização da população e também à temperatura, já que janeiro foi um mês mais frio do que no ano passado. Outro ponto é a prevenção, já que o ministério destaca que começou a campanha em agosto do ano passado.

Rio de Janeiro

O ministério destaca que a forte atuação no Rio de Janeiro fez com os casos caíssem no Estado, mas que uma epidemia ainda não pode ser descartada. "Apesar de o Rio estar em risco de ter uma das maiores epidemias de sua história, não temos casos de óbito desde agosto de 2011, por que estamos investindo também no tratamento da doença e não só no combate ao mosquito", disse o ministro.

Segundo ele, o Estado conseguiu reduzir o foco nas caixas d'água, mas isso fez com que o mosquito migrasse para outros focos dentro da casa, como o vaso sanitário. No Sul e Sudeste, os principais focos são dentro de casa, já no Norte e Centro-Oeste a procriação do mosquito é majoritariamente no lixo, e no Nordeste em depósitos de água.

O ministério enviou equipes para o Rio, Tocantins, Espírito Santo, Pernambuco e Goiás para prestar assessoria de combate à dengue no local. Foram repassados R$ 92,8 mi para prevenção e controle para 1.159 municípios selecionados.

O ministério esclareceu que não há evidências de que o vírus tipo 4 seja mais grave

noticias.uol

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