A VERDADE DEVE SER MOSTRADA

Justiça proíbe máscaras de Carnaval em cidade da PB onde mulheres foram estupradas e mortas

Em consequência da violência registrada no último final de semana, quando mulheres foram estupradas e mortas em uma festa de aniversário, o uso de máscaras carnavalescas foi proibido no município de Queimadas (130 km de João Pessoa).

Nesta segunda-feira (13), a juíza Flávia Baptista julgou procedente pedido do Ministério Público e proibiu o uso das máscaras na cidade durante o Carnaval. O pedido foi feito pelo promotor de Justiça Márcio Teixeira.

Ele disse que logo após a notícia do crime ter chegado ao conhecimento público, várias pessoas o procuraram na comarca da cidade relatando o perigo que as máscaras oferecem.

"Foi um apelo pertinente, o qual eu apoiei e a juíza decidiu proibir. É uma forma de deixar a população mais tranquila", afirmou Teixeira. O temor dos moradores se explica pelo fato de os criminosos terem usado máscaras de Carnaval para invadir a casa e estuprar as mulheres.

Quem descumprir a determinação será levado para a delegacia, onde será feito um termo circunstanciado. Ele informou ainda que nos anos anteriores outros problemas já haviam sido registrados nas festas carnavalescas devido ao uso das máscaras de papangus.

"Há casos de pessoas que se disfarçavam para cometer assaltos e outros crimes", disse. "A tragédia da festa de aniversário foi o limite."

Carnaval cancelado

Em nota publicada na tarde de hoje, a Prefeitura Municipal de Queimadas cancelou todas as festividades do Carnaval. O cancelamento, segundo o prefeito José Carlos de Sousa Rego, ocorreu em respeito aos familiares e amigos das vítimas da tragédia. O clima em Queimadas é de total consternação. O calendário do Carnaval tinha festas marcadas para os dias 17, 20 e 21 de fevereiro.

Sexta vítima

Nesta terça-feira (14), subiu para seis o número de vítimas da barbárie da festa de aniversário. Uma mulher que não teve o nome revelado procurou a polícia e disse que também foi vítima do estupro na casa de Eduardo Santos Pereira, o aniversariante e também acusado. Ela não teria se pronunciado antes com medo dos criminosos.

Na madrugada do último domingo (12), um grupo de homens encapuzados, mascarados e armados invadiu uma residência onde era realizada uma festa de aniversário.

Em seguida, renderam os convidados e estupraram cinco mulheres. Depois disso, fugiram levando duas delas, que foram mortas com tiros à queima-roupa.

Menos de 24 horas depois, a polícia descobriu que o assalto não passou de uma simulação. O intuito era mesmo estuprar duas mulheres que estavam na festa, mas outras três também acabaram vítimas da violência sexual.

Com a prisão dos suspeitos, a polícia descobriu que tudo foi armado e planejado entre os homens que estavam na festa, incluindo o aniversariante, que negou a acusação. Conforme a polícia, as duas mulheres foram mortas porque reconheceram os acusados durante o estupro. Ao todo, sete homens estão presos, e dois adolescentes, apreendidos.


noticias.uol

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